Há 33 anos que somos livres!!! Dia importantíssimo para Portugal e para muitos portugueses. Muitos mas talvez não todos. Ou melhor é também um pouco importante, no entanto, como já existem várias gerações que não viveram em ditadura, não sabem/ sentem tanto este dia como pessoas que aprenderam a viver com a censura, com o pensar que podiam dizer ou não. Pois agora pode-se dizer tudo o que nos vem à cabeça... Ainda bem, esperemos que não comecem a exagerar... Tudo o que é em exagero faz mal....
A liberdade e a saúde é das melhores coisas que um alguém pode ter. Por isso, gozem-na e não estejam sempre contra os políticos. Todos nós temos ideias. A vida está boa? Não. Mas serás que eles têm a culpa? Será que queremos ir para o lugar deles e conseguir fazer menos mal? Pois, não sei... Eu não conseguia... Temos é que saborear e tirar prazer da liberdade que temos. Quanto ao resto, penso que quem está no governo, seja qual for o partido político, vai sempre tentar fazer o melhor para o nosso Portugal e para os portugueses, não duvido. Pois, eles também são portugueses.
Por fim, deixo aqui um dos muitos poemas extraordinários de um homem que lutou muito para conquistar a liberdade que todos nós usufruímos hoje...
As mãos
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Manuel Alegre, O Canto e as Armas, 1967
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