Elogio

" Estavam todos juntos e ele "deu-lhe" um elogio. Ela não disse nada. Como sempre, quando recebe elogios. Por vezes diz obrigada, mas envergonhada. Ao fim de mais um dia passado juntos em conversa com uns amigos com quem tinha ido ter, ele disse em frente a eles: "Ainda hoje lhe fiz um elogio. Não foi, minha senhora?" E ela depois de pensar no que devia dizer, referiu: "Deste? Não me lembro de nada". "Não te lembras? Vá, de certeza que te lembras, não sejas assim." "Só me lembro de me insultares, como sempre." Mundo perigoso este. É como porém pão à frente de um "pobre esfomeado" e ele não o poder comer.

A senhora terá "mentido/ fingido" porquê? Talvez por ele querer entrar por caminhos sinuosos, em que apenas ela se pode prejudicar. No entanto, a presença dos dois amigos provocou essa resposta. Se tivessem os dois sós ela não teria "mentido". Mas devia "mentir" na mesma, ou apenas não mostrar grande importância, uma vez que ele está a tentar caminhar por estradas muito perigosas. Ela vai controlando. Mas nem sempre é fácil. Entretanto não se vai dando grande importância a determinadas atitudes e palavras. Sim a senhorita gosta, mas é uma caminho perigoso demais e com mais coisas más do que boas. Existe uma empatia entre eles pouco comum, no entanto, avançar nesta estrada que ele escolheu irá estragar o que a senhorita considera ser algo de bonito e saudável. Porquê estragar aquilo que está bem assim?, pensará ela?"